Pergunta o Carlos onde estava Ribeiro e Castro.
Resposta: A fazer o que lhe compete:
"Ribeiro e Castro quer "nacionalizar o debate europeu"
25.03.2007, Sofia Branco
António Vitorino participou na convenção europeia do CDS-PP e sublinhou que cabe aos governos nacionais aproximarem os cidadãos das decisões europeias
a Reconhecendo que o CDS-PP expressou, ao longo da sua história, "sentimentos contraditórios" em relação à integração europeia, Ribeiro e Castro afirmou o empenho do partido em contribuir para construir "uma Europa mais virada para os cidadãos".No final da convenção europeia do CDS-PP, que ontem decorreu em Lisboa, o líder do partido apresentou os três compromissos dos democratas--cristãos para o projecto da construção europeia. "Nacionalizar o debate europeu" é o primeiro, possibilitando "trazer o debate europeu para junto dos cidadãos".Ribeiro e Castro realçou que é "favorável a uma reforma institucional que vise melhorar o funcionamento da máquina comunitária", mas alertou para "mudanças repentinas e drásticas". E defendeu que um "necessário novo tratado" europeu deverá passar por uma nova conferência intergovernamental.Aos jornalistas, recordaria que o CDS preveniu "para os riscos do tratado" europeu e sublinhou os "perigos do avancismo", dos que se preocuparam em ver "à distância" sem repararem nos "obstáculos" que tinham à frente. Outro compromisso do partido passa, afirmou o líder centrista, por "cruzar cada vez melhor a construção europeia com o aprofundamento das relações com toda a comunidade lusófona".Finalmente, "a defesa e a afirmação" do mercado europeu são "o desafio primordial". Por isso, o CDS acompanha com "preocupação" o processo do Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007/2013, sublinhando que "os fundos comunitários constituem um instrumento indispensável para a melhoria estrutural" da economia e sociedade portuguesas.Aproximar os cidadãosO CDS-PP convidou uma série de peritos, de vários quadrantes políticos, para debaterem a actual situação da Europa. Num dos painéis da convenção, o socialista e ex-comissário europeu António Vitorino sublinhou que cabe aos poderes nacionais aproximarem os cidadãos das decisões europeias. E criticou a "teoria do bode expiatório": ao mesmo tempo que culpam a União Europeia pelos males do país, os decisores nacionais apelam ao voto no referendo ao tratado europeu. "O que esperam, que as pessoas tenham alguma simpatia pelos carrascos?", ironizou.Referindo que o alheamento dos cidadãos não é exclusivo de Portugal, apelou a um maior empenho das elites. "O projecto europeu é um projecto de elites", vincou, lamentando que "as duas grandes famílias na origem desse projecto [social-democracia e democracia--cristã] mostrem algum desinvestimento na construção europeia". Porém, "o núcleo pró-europeu [nas duas correntes políticas] é hoje menos consistente", avaliou, concluindo que o "problema de liderança não se resolve com nenhum tratado, seja ele constitucional ou não".Não sendo "um fã de referendos", Vitorino admitiu que o futuro tratado europeu seja objecto de consultas populares ao nível nacional, mas considerou "aterradora" a ideia de um referendo europeu. Ribeiro e Castro recusou ontem comentar a anunciada saída de Maria José Nogueira Pinto, que admitiu abandonar o partido independentemente da futura liderança. Sobre a crise interna do CDS-PP, o líder remeteu-se ao silêncio. "Um partido responsável pensa nos problemas que preocupam os portugueses e o país", limitou-se a dizer, à margem da convenção europeia do partido. Nogueira Pinto afirmou ontem, em entrevista à Antena 1, que a sua saída do CDS "não é uma questão de vitória ou não vitória do dr. Portas ou do dr. Ribeiro e Castro, directas ou não directas, congresso ou não congresso". "Penso que o partido está à beira de uma desestruturação", disse. Simultaneamente, reiterou ter sido agredida pelo deputado Hélder Amaral, no conselho nacional de Óbidos. Entretanto, e segundo a Lusa, os dirigentes Luís Queiró e Orísia Roque encabeçam a lista de testemunhas a favor de Amaral no processo por difamação que este moveu contra Nogueira Pinto. S.B. "
DDC