A campanha para as eleições directas de 21 de Abril está a chegar ao seu fim. Faltam apenas mais dois dias de esclarecimento junto dos militantes para Sábado o CDS poder escolher livremente qual deve ser o seu líder e qual deve ser o seu modelo de partido para os anos que se avizinham.
Ao longo das ultimas semanas procurei sempre, de forma abnegada e dentro das minhas limitações pessoais, dar o meu contributo, enquanto militante do partido, dando a conhecer às minhas companheiras e aos meus companheiros militantes aquela que era a minha visão de CDS e aquele que era o meu posicionamento nesta campanha.
Eu sempre me bati por um partido livre, solto, pluralista, diversificado, que soubesse sempre ser fiel ao essencial, aquilo que nos une, e pronto a aceitar o acessório, aquilo que nos separa, entendendo a diferença como riqueza e mais valia, por isso não foi surpresa para ninguém que em 2005 tenha, desde a primeira hora, apoiado o Dr. Ribeiro e Castro para presidente do CDS.
Eu sempre me assumi como Democrata-Cristão, mais do que como conservador ou liberal, e sempre defendi, quer na JP, quer no CDS, que a matriz democrata-cristã deve ser a base, a âncora do CDS na sociedade e na política portuguesa, logo, não surpreendeu ninguém que eu, desde a primeira hora, apoiasse o Dr. Ribeiro e Castro para presidente do CDS.
Fi-lo baseado na mais pura convicção de que este caminho, 2009, era o caminho certo a trilhar pelo partido, e acreditando sempre que este é o rumo certo para Portugal.
Ouvi muitos queixarem-se ao longo dos últimos dois anos de que eram perseguidos, de que se sentiam afastados da vida do partido e que eram as direcções lideradas pelo Dr. Ribeiro e Castro que forçavam essas perseguições e esses afastamentos. Pior, vi Deputados à Assembleia da República do meu partido a criticarem constantemente o presidente do meu partido (acto próprio do "nonsense" mas prova inequívoca da liberdade interna que existe no meu partido), e a criticarem o rumo que o partido seguia sem nunca se constituirem alternativa até ao último dia 1 de Março.
Vi, em directo para o país, do centro cultural de Belém, um ex-líder do partido vir afirmar que era candidato para mudar de rumo, para criar um grande partido de centro-direita, e nos dias seguintes vi gente que berrava alto e bom som que era de direita "encarneirar" imediatamente e a clamar pelo centro-direita, que por aí é que o partido tem que ir.
Porém, nestas últimas semanas, vi um CDS como nunca vi, cheio de vida, de alegria e de cor, um CDS pluralista, de mil protagonistas, de liberdade em que todas e todos puderam expressar as suas opiniões, e em que de facto ficou provado que ninguém havia sido perseguido, ninguém havia sido afastado, pois vi todos, os de sempre e os mais recentes, vi os do antigamente e os de agora, vi o CDS na rua, nos jornais, nas rádios, nas televisões, em blogs e em sites de internet, vi o CDS, o grande CDS de centro-direita e de direita, um CDS que enche salas em todo o país, que mobiliza, que chama até si as mais altas figuras e os mais altos quadros do país, um CDS que se libertou e que mostrou que 2009 já existe no partido, que 2009 somos todos nós, que 2009 é o fruto de uma moção e de um líder que devolveu o partido ao partido, que devolveu ao partido a liberdade de pensar, de debater e de argumentar, de sonhar que há mais do que "pórtismos" e que o partido é de todos, para todos, com todos, e sendo de todos não é só de alguém!
Já esta noite vi um debate em que esteve um ex-presidente e o actual presidente, e percebi porque é ex um e presidente o outro. Ficou provado que há um presidente que tem projecto, que sabe por onde o partido tem que ir, que tem presente as prioridades do partido e do país, um presidente capaz de responder aos ataques e criticas mais severas, um presidente com memória e que soube sempre ter resposta para dar. Do outro lado vi um ex-presidente que não respondeu a uma pergunta, que falava do Eng.º Sócrates sem dizer, mais uma vez, porque é que deve voltar a ser líder, de um ex-presidente que assumiu que não fala enquanto Deputado e que critica o presidente do seu partido por continuar a exercer plenamente o seu mandato (mais um acto próprio do "nonsense"...), um ex-presidente que não explica, não responde, não diz mais do que frases curtas, simples e feitas préviamente e que não satisfazem nem convencem ninguém!
Eu acredito, como nunca acreditei, que o CDS vai crescer e vai chegar aos 10% em 2009, que o CDS vai enfrentar preparadissimo as eleições europeias, autárquicas e legislativas em 2009, com mil rostos e figuras, com milhares de protagonistas, sob a liderança daquele que é entre nós o melhor, aquele que devolveu ao partido o seu sentido de existência e que oferece ao país a prova máxima de seriedade e de liderança, aquele ao lado de quem estive, estou e estarei até 2009, pela vitória do CDS, pelo triunfo de Portugal!
Eu acredito no Dr. Ribeiro e Castro e no dia 21 de Abril apelo a todos os militantes que votem no melhor candidato e que comigo digam alto e bom som: Vamos directos a 2009!
João Salviano Carmo